sábado, 28 de março de 2015

De onde os gregos tiraram seus mitos? - Parte III (final)

01A Idade das Trevas foi sucedida por um quarto período histórico, denominado Período Arcaico (800-490 a.C.), em que houve a emergência da escrita grega, o retorno dos antigos fugitivos e a disseminação de colônias a oeste - no sul da Itália e na Silícia. Esse período marcou o inicio das polis, ou cidades-estados gregas, que possibilitaram grandes desenvolvimentos na história do país. Centros de comércio e religião, cada cidade-estado era cercada por muros, para a proteção contra invasores. No interior da cidade, em geral havia uma colina fortificada - uma acrópole - e no centro de cada uma ficava a ágora - uma área aberta que servia como mercado e centro financeiro. A Grécia, por fim, teve um crescimento espetacular durante o Período Clássico (490-323 a.C.). O centro dessa Era de Ouro ficava em Atenas e seu primeiro sucesso se deu com as reformas democráticas de Sólon, legislador ateniense, em 594 a.C. O crescimento perdurou pelos séculos seguintes até que a Grécia se tornou aquela que todos nós imaginamos quando pensamos no mundo antigo. Um momento chave foi a derrota dos maiores inimigos dos gregos, os persas, em uma série de guerras disputadas entre 490 e 479 a.C. A vida grega se diferenciava pois todos compartilhavam de uma mesma religião, uma língua e uma cultura em comum, o que foi de muita valia quando os gregos se viram ameaçados pelo império persa. As cidades-Estados gregas, que eram fortemente independentes umas das outras, se uniram, sob liderança ateniense, para combater duas invasões persas diferentes, em um dos pontos de virada mais fascinantes da história do Ocidente. Essas guerras foram o tema central da obra de Heródoto, História, onde afirmou, com orgulho, que "isso prova, se necessário o fosse, quão nobre é a liberdade" A liberdade é muito boa, mas boas também são as pesadas armaduras de bronze - elmo, escudo e couraça. Era o que usavam os hoplitas, os soldados-cidadãos que formavam uma espécie de Guarda Nacional organizadas - outro fator essencial para a vitória sobre os persas, que não usavam tanta proteção física.

Após a vitória dessa Grécia unificada, Atenas tornou-se a cidade principal dos gregos e alcançou o apogeu. Durante o século e meio subsequente, os grandes filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles circularam por suas ruas, pela ágora, ou mercado central, e fundaram as escolas - que serviriam de modelo para a criação das universidades -, onde eram discutidas e debatidas as ideias que viriam a formar a base da filosofia ocidental. Essa foi também a época das primeiras experiências relacionadas ao direito de voto e dos três grandes dramaturgos gregos - Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Suas tragédias eram encenadas para dezenas de milhares de atenienses em uma competição dramática que tinha raízes em um festival religioso dedicado a Dionísio, o deus da agricultura que também levava crédito pela invenção do vinho.

02Em todos esses períodos da vida grega, a mitologia exerceu um papel central na sociedade; ela era a essência das práticas religiosas e da diversão. Aliados a uma língua e cultura comum, os mitos criavam laços que nenhum governo grego seria capaz de criar. Mas é certo que, em torno de 800 a.C., quando a chamada Idade das Trevas começou a sucumbir, algo mudou. Uma virada ocorreu. E, a partir de então, alguns gregos começaram a deixar para trás a noção de que os deuses controlavam o universo. Talvez tenha sido um momento único na história da humanidade.Antes dessa virada quase todas as outras civilizações viam a vida como obra dos deuses, que precisavam ser servidos e adorados, e de seus representantes na terra, os reis e faraós - que também demandavam servidão e adoração.

De súbito, na Grécia, a compreensão fundamental do universo e da função do homem no mundo foi transformada através de uma revolução no pensamento. Uma série de pensadores gregos começou a buscar explicações na natureza - uma jornada mental humanística para descobrir um sistema de criação racional no qual a ordem não dependesse do sacrifício de animais e da invocação de oráculos mágicos.

É claro que nem todo mundo gostou dessas ideias, que desafiavam o status quo. Essa foi uma das razões por que o filósofo Sócrates acabou sendo julgado e condenado a morte, em 399 a.C. Seus conceitos não eram tanto uma ameaça a religião, mas sim aos poderes constituídos de Atenas. Mas não havia mais como impedir a onda de mudanças que varria a Grécia. Uma fonte inesgotável de ideias havia sido descoberta e a história nunca mais seria a mesma.

FIM
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quinta-feira, 26 de março de 2015

Lendas | Claddagh Ring - Irlanda

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Não se cria lendas como os Europeus e quanto a isso eu assino embaixo! A Europa é rica demais em lendas, histórias e contos e um dos lugares que eu mais admiro nesse e em tantos outros aspectos é a Irlanda.

Hoje, trago pra você a lenda do Anel Claddagh, que eu conheci à, mais ou menos, cinco anos atrás, graças ao meu interesse pelo país.

Comprei, o anel da foto a cima, em um e-comerce especializado em jóias e acessórios medievais ou lendários, infelizmente não me lembro o nome, nem o site para poder indicar à vocês. Mas, caso interessem, basta fazer uma rápida pesquisa no google e você encontra várias lojinhas com vários modelos diferentes.
PS: Este foi meu segundo anel Claddagh, o primeiro eu comprei na mesma loja, e era lindo, mas esqueci na minha casa antiga, no dia da mudança :(

Há algumas versões para a lenda mas todas começam e terminam no mesmo ponto. A minha favorita e, talvez, a mais romântica é esta:
Há cerca de 300 anos atrás o jovem, Richard Joyce vivia numa pequena vila de pescadores chamada Claddagh, lá ele conheceu sua amada, por quem se apaixonou desde o início, o sentimento foi recíproco e eles resolveram se casar.
Na semana do casamento, Richard foi para seu último dia de pescaria antes da cerimônia, com o resto da tripulação mas seu navio acabou caindo em uma emboscada e eles foram capturados e vendidos como escravos do outro lado do continente.
Richard e os outros pescadores, claro, não conseguiram avisar ninguém e a Vila de Claddagh ficou desolada, sem saber o que houve com os rapazes.
Os anos se passaram e não houve casamento, Richard Joyce trabalhava na fundição de jóias e com o tempo se tornou um grande artesão mas, nunca foi plenamente feliz, afinal havia deixado sua amada para trás.
Após oito anos vivendo como escravo, e conhecendo bem a ilha, resolveu que era hora de arriscar e tentar voltar para seu povo e sua noiva. Mas antes, ele pegou um pouco de prata e fez um anel para ela. No centro havia um coração, que representava seu amor, a coroa, sobre ele, era um sinal de sua lealdade e as mãos que sustentavam tudo significavam a amizade.
A fuga de Joyce foi um sucesso e ao chegar na vila ele descobriu que sua amada jamais havia perdido a esperança de reencontra-lo, os dois se casaram e o anel foi passado de geração em geração."

Cem anos atrás, na Irlanda, durante uma escavação, foi encontrado um anel Claddagh, e no interior do mesmo haviam as iniciais R.J (as mesmas de Richard Joyce), até hoje não sabem responder se a lenda foi verdadeira ou não.

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O design do anel se tornou mundialmente popular e é muito usado - principalmente na Irlanda, claro - em pedidos de casamento. A regra é que se use com o coração voltado para fora se você estiver solteira; com ele para dentro se estiver apaixonada e com ele voltado para dentro, na mão esquerda, se seu coração já tiver sido totalmente tomado.

Gostaram? Acho essa lenda incrivelmente linda! <3

terça-feira, 24 de março de 2015

Miss Potter, 2006

"Há algo de delicioso quando escrevemos as primeiras palavras de uma história, nunca sabemos a onde elas nos levarão, as minhas me trouxeram aqui."
- Beatrix Potter


beatrixHelen Beatrix Potter (1866-1943) foi uma mulher a frente de seu tempo. Nascida em Londres foi uma Artista, independente, curiosa e até mesmo excêntrica. É considerada a autora dos livros infantis mais vendidos do mundo. Entre suas obras, a mais conhecida fica por conta de 'A História do Pedro Coelho' um relato das aventuras de Peter Rabbit, na horta do seu Gregório.
Uma menina tímida e solitária não poderia ter virado outra coisa se não escritora. Acostumada a companhia de seus animais de estimação tomou gosto por desenha-los aos nove anos de idade.


Não vou me estender muito com a biografia dela se não acabo revelando fatos importantes do filme.


O drama, dirigido por Chris Noonan, conta com a doce Renée Zellweger no papel principal.


É surpreendente conhecer a história por trás da história em certos momentos. Descobrir que uma escritora/artista, à qual você sempre admirou, foi muito além de meras ilustrações infantis, em uma época onde a mulher "valorizada" era a que passava dias e noites servindo ao marido e a família. Entender como e porque cada um daqueles personagens foram criados, quanto tempo levou para que seu trabalho fosse aceito por alguma editora e ter tudo isso acompanhado de detalhes tão doces que fazem parecer que acabamos de abrir uma caixinha de música em uma varanda vitoriana, de frente pra um lago ao pôr do sol.


miss-potterSão essas as sensações que o filme te passa! A principio vemos uma solteirona de 32 anos, muito bem resolvida, que ainda vive com os pais. Dona de uma personalidade desafiadora para época, Beatrix cria seu próprio mundinho, onde só vivem ela, seus desenhos e quem ela deixa entrar. Ao contrário da maioria dos escritores da época, Beatriz vivia bem, era da alta sociedade e muito bem educada. Seu pai era o maior incentivador de sua arte, já sua mãe não via a hora de lhe arranjar um marido.


O filme passa como uma pluma tocando seu rosto, é tão delicioso que você quer ficar ali para sempre, até que, de repente, cai uma gota de chuva do céu, e a tempestade que ninguém previu assola seu coração. Metáforas a parte, nem nos contos de Fadas tudo é 100% perfeito, o tempo todo, faz parte um pouco de tristeza na vida. Mas torce essa roupa molhada menina, assim como ela fez para superar as pedras que surgiram pelo caminho.
De uma fotografia impecável, cenários e figurinos mais ainda, só consigo pensar em como a vida ali, naqueles campos, deve ter sido magnífica.


Espero que assistam, gostem e depois me contem!


Um beijo!


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PS: Lembram-se da versão em desenho, também? Impossível se esquecer desta abertura. Meus primeiros indícios de amor por esse universo deve ter começado aos 4 anos <3


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*Para saber mais sobre a escritora, na adolescência ela começou a escrever um diário secreto, em código. Quinze anos após a sua morte, o código pôde ser decifrado e foi publicado em inglês, sob o título de "Beatrix Potter: A Journal"


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De onde os Gregos tiraram seus mitos? - Parte II

zeusA civilização minoica floresceu até quase 1.400 a.C., quando meio que desapareceu da história, talvez devido a uma erupção vulcânica devastadora que ocorreu em suas proximidades, ou por causa dos novos invasores que surgiram, os chamados micênicos. Esses guerreiros arianos, ou indo-europeus, haviam começado a dominar o território grego quinhentos anos antes e, presume-se, eram originários da cordilheira do Cáucaso (entre os mares Negro e Cáspio). Os micênicos eram uma raça guerreira que acabou com os povos na Grécia continental - cujas origens são igualmente misteriosas - e que, quando lá chegou, mesclou suas próprias histórias e crenças com as dos povos que conquistaram, inclusive os Minoicos de Creta. Esse é o chamado Período Micênico, em homenagem a Micenas, uma das cidades mais importantes da época - que foi escavada pela primeira vez por Heinrich Schliemann, o descobridor de Troia, no final do século XIX. O Período Micênico durou de 1.600 a quase 1.110 a.C. e acreditava-se que nele tenham ocorrido os eventos e existido os reinos descritos por Homero na Ilíada. É provável que os "Micênicos" se autodenominassem "aqueus", termo usado por Homero para identificar os homens que atacaram Ílion - ou Troia. A maioria dos estudiosos da área considera que a destruição de Troia ocorreu em torno de 1.230 a.C., mas nunca se chegou a um consenso quanto a esse fato - alguns alegam que tenha sido mais tarde, por volta de 1.180 a.C.

Uma ideia mais aceita é a de que os Micênios, que amavam as guerras e já faziam uso de carros de combate, foram responsáveis pelo que os homens de negócios de hoje chamariam de "tomada hostil". Quando chegaram dominando a Grécia continental, aparentemente trouxeram consigo seus próprios deuses, bastante antigos, como o pai do céu, Zeus; a mãe da terra, Deméter; e Héstia, a deusa virgem do lar. Os camponeses locais que foram subjugados deviam cultuar uma outra antiga mãe da terra, que veio a se tornar Hera. E o próprio casamento tempestuoso de Zeus, o deus do céu e dos conquistadores, e Hera, a deusa da fertilidade dos conquistados, talvez simbolize a união dessas duas mitologias. Outro indício de que muitos dos mitos e lendas gregas tenham se originado, da forma como os conhecemos, no Período Micênico, é o fato de que, nesse período, o poder se concentrava nas cidades que mais aparecem na mitologia grega, Micenas, Tirinto e Tebas.

Micenas e quase todos os outros povoados da Grécia continental foram destruídos logo após 1.200 a.C., dando lugar a idade das trevas, o terceiro período mais importante da história grega, que durou até cerca de 800 a.C. Os historiadores não sabem explicar o porque de a Grécia Micênica ter entrado em colapso. Talvez as mudanças climáticas tenham causado a fome. Há suspeitas, também, de que a causa tenha sido a invasão de outros grupos, os chamados dórios, originários do norte da Grécia, que haviam migrado para o sul e forçado muitos micênicos a fugirem para a Ásia Menor. Uma das razões por que o período é denominado Idade das Trevas foi o desaparecimento da escrita grega (que usava a forma Lineas B, adaptada dos minoicos) no período, que só voltou a ser empregada após 800 a.C.

Foi mais ou menos nessa época que algum desconhecido, que tivera contato com a escrita fenícia, inventou o alfabeto grego. O alfabeto fenício continha símbolos para as consoantes apenas; algum anônimo grego, muito esperto, incluiu indicações para os sons das vogais. Pela primeira vez - concordam os especialistas - a escrita conseguiu se aproximar do som da voz humana (e essa é a base da escrita que você está lendo agora). Devido a esse avanço, presume-se que os dois grandes épicos, a Ilíada e a Odisseia, tenham sido escritos após 800 a.C., bem como as obras de um poeta grego chamado Hesíoso, que catalogou a história e as conquistas dos deuses.

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segunda-feira, 23 de março de 2015

Lendas | The Fairy Flag - Escócia

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1500 anos de história, misturados com uma pitada generosa de pó de pir-lim-pim-pim, tudo isso tecido em um pedaço de seda antigo ... Nas margens de um lago, na Ilha de Skye, fica o Castelo de Dunvegan.  Herança do Clã MacLeod. Este é o mais antigo castelo ainda habitado da Grã-Bretanha. Sobre a rocha, onde existem lontras que, por vezes, podem ser vistas se  jogando em águas rasas ou sobre a praia, coberta de cascalho, mantendo o olhar atento sobre seus filhotes recém nascidos. Corajoso e imponente, o castelo foi construído para impressionar - então o que o diferencia de muitas outras fortalezas imponentes da Escócia ? - Entre , suba as escadas do corredor escuro cheio de quadros , e vá para a sala de visitas. A resposta está pendurada na parede...

 The Fairy Flag, primeiras impressões


fairy_flag_2A primeira vista a 'bandeira das Fadas' parece um mapa em decomposição, a partir do qual todos os nomes e lugares foram apagados. Mas olhe de novo e você verá que ele é, realmente, um pedaço de tecido todo esfarrapado e amarelado com a idade, cuidadosamente remendado por gerações de mãos invisíveis; e você também vai ver que pequenos pedaços dele foram recortados para serem guardados como lembranças ao longo dos séculos, o que lhe rendeu um aspecto tão irregular quanto a costa no qual se encontra o castelo.



Mas, por que isso é chamado de 'Bandeira das Fadas' ? E de onde isso veio?


Há tantas lendas ligadas a esta pequena relíquia preciosa que é difícil saber qual escolher. Esta é, talvez, a mais mágica de todas elas...


"Iain Ciar, o quarto chefe do clã MacLeod, era famoso por sua boa aparência; muitas meninas tentaram capturar seu coração, mas nenhuma delas conseguiu. Até que um dia, enquanto caçava, ele se deparou com uma linda princesa das fadas e eles imediatamente se apaixonaram. A princesa implorou ao pai permissão para casar com o bonito lorde, mas ele recusou. As Fadas, explicou ele, eram imortais, enquanto os seres humanos deviam envelhecer e morrer. A princesa ficou de coração partido, e seu pai acabou cedendo - com a condição de que ela ficasse com o Lorde MacLeod por apenas um ano e um dia. Quando seu tempo acabasse, ela deveria retornar para casa. O casal se casou e a princesa fada deu à luz à um menino. Eles estavam profundamente apaixonados, e o temido dia da despedida acabou chegando cedo demais. Com o rei das fadas esperando no final da calçada do Castelo de Dunvegan, a princesa se despediu, tristemente, do marido mas, antes de partir, ela deu-lhe uma bandeira de seda e lhe disse que ele poderia usá-la três vezes quando os MacLeods estivessem em extrema necessidade e eles voltariam a prosperar."


Em outra versão da história, a princesa das fadas é forçada a deixar o Lorde, mas durante uma festa no castelo ela reaparece ao lado do leito de seu filho, cantando uma bela canção de ninar e envolvendo-o em um cobertor cintilante de ouro. Quando ela é vista pela enfermeira da criança, ela desaparece, deixando para trás o pano precioso. Incrivelmente, a 'canção de ninar das fadas' tem sido passada e cantada em gaélico por gerações de MacLeods, dentro dos últimos 100 anos.


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Como é lindo! Então, o que a história nos diz sobre a 'bandeira das Fadas' ?


Em 1922, especialistas dataram o tecido sendo de algum período entre os séculos IV e VII d.C.; houve especulações de que ele pode ter sido cortado do roupão de um santo cristão, talvez. Acredita-se que a bandeira tenha chegado às mãos dos MacLeods através de Harald Hardrada, um rei nórdico do século XI que havia trazido o tecido, do oriente médio, de volta com ele. Harald acreditava que o tecido ou bandeira, como preferirem, o deixou invencível durante a guerra.
Quanto às propriedades mágicas da bandeira, aparentemente surgiram após o exercito rival, em 1580, garantir a vitória, inesperada, para dos MacLeods; também acredita-se ter curado um rebanho de gados doentes, salvando assim muitas famílias locais da fome.
Diz-se que na década de 1940 Dame Flora MacLeod, do 28º guarda, ofereceu-se para hastear a bandeira nas colinas de Dover e pôr fim à Segunda Guerra Mundial, mas o gesto acabou não sendo posto em prática. Não são permitidas fotografias da 'Bandeira das Fadas'. Para vê-la em pessoa, você precisa ir até a Ilha de Skye...


O que acharam? Eu sempre me encanto com o mistério que ronda os séculos passados. Graças a falta da tecnologia, tudo era muito mais romântico e instigante. Se não fossem as histórias e lendas, que diversão teriam? .... <3

'Mermaid', por Nika Kurnosova

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Trombei com esta foto no Pinterest e, para a minha sorte, a legenda estava completa. Se tratava do editorial 'Mermaid' (ou 'Rusalka in russian'), com a modelo Olga Moskvina, clicado pela fotógrafa Nika Kurnosova. Tão maravilhoso, solitário e dramático como eu sempre espero que o universo das Sereias seja retratado.

O ensaio ficou incrível mas, meu favorito ainda continua sendo o do fotógrafo Tim Walker 'Far far from land' <3

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domingo, 22 de março de 2015

Contos Clássicos: A Pequena Sereia

contos-fadas-abertura1-315x175-e1413506499962Essa semana fui inspirada pelas sereias, como vocês puderam notar pelas postagens na página e comprinhas rs Não por menos, escolhi 'A Pequena sereia' para o 'Contos Clássicos' de hoje! Quem não adora essa história? <3

Aproveitem!

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sábado, 21 de março de 2015

De onde os Gregos tiraram seus mitos? - Parte I

afroDuas das deusas mais famosas da Grécia estrearam nos palcos míticos como adultas feitas e perfeitas - uma aparece, em geral, nua, e a outra em armadura. Afrodite - aquela da meia concha, sabe? - é a deusa do amor que, em uma das pinturas mais famosas sobre seu nascimento, emerge do mar como uma adulta completa, ao natural, mas com longos cachos em lugares estratégicos. Atena, a deusa da guerra e da sabedoria, nasce em traje de batalha completo, e emerge da cabeça de seu pai, Zeus, quando ele é atingido na cabeça por outro deus, com um machado.

As pessoas parecem pensar o mesmo sobre os mitos Gregos - que, de alguma forma, eles já nasceram prontos, na forma que os conhecemos hoje, elaborados pelo gênio de algum poeta ou filósofo anônimo. Mas os mitos da antiguidade, como provam as histórias do Egito e da Mesopotâmia, não são tão simples. Com o passar dos séculos, os mitos são criados, recitados, e depois começam a viajar. Enquanto rodam o mundo, são emprestados, remodelados e recontados - em muitos casos para se adequarem às necessidades locais. Como um vinho antigo em uma garrafa nova ou um reality show que se origina na Inglaterra e é reproduzido pelas redes de televisão norte americanas, os mitos da antiguidade as vezes ressurgiam com novos nomes e contornos. Não foi diferente na Grécia, onde as origens dos mitos - e das religiões que eles geraram - ajudam a compreender, de maneira fascinante, a história desse povo.

Descobertas recentes dos mundos da arqueologia e da literatura comprovaram que a mitologia Grega nasceu de uma mistura de histórias locais com todo tipo de fragmentos de histórias de civilizações do Oriente Próximo, como a egípcia, a mesopotâmica e a fenícia - de quem os Gregos também adotaram o sistema de escrita, que tempos depois se transformaria no alfabeto Grego. Tendo sido forçados pela geografia a se voltarem para o mar, os gregos, desde sempre, dominaram o comércio e as viagens. Conforme se aventuravam pelos portos da escala do mediterrâneo, entravam em contato com as civilizações vizinhas. No fim das contas, levaram para casa não apenas suvenires, mas também um pouco dessas culturas e religiões estrangeiras. As áreas que compreendiam Grécia, então, eram ao norte, a região montanhosa e rochosa que se projetavam nos mares mediterrâneo, Egeu e Jônico; uma península ao sul chamada de Peloponeso; as muitas ilhas salpicadas pelos mares ao redor; e a coisa oeste da Ásia Menor (atual Turquia).

Essas "influências estrangeiras" chegaram em uma Grécia que já era um caldeirão de fontes mitológicas. A partir de 2.000 a.C, ondas de invasores varreram a Grécia e trouxeram consigo as histórias de seus próprios deuses , que foram misturadas com as histórias locais. Essas invasões sangrentas começaram muito antes da breve Era de Ouro da Grécia, que muitos estudantes equiparam falsamente a toda história do país. A história grega, na verdade, se estende por um período de tempo muito maior, e sua civilização e mitologia podem ser divididos em cinco períodos diferentes.

wrAo que tudo indica, a primeira civilização a prosperar na região que passaria a ser tida como a Grécia não era formada por gregos, mas sim por minoicos, povo com cultura sofisticada e extraordinária. Fixada na ilha de Creta, no Mediterrâneo, a civilização minoica deve ter surgido em torno de 3.000 a.C. - Período próximo ao surgimento das civilizações da Mesopotâmia e do Egito - e, de forma repentina e misteriosa, desapareceu por volta de 1.400 a.C. No início do século XX, a abandonada capital da primeira civilização de Creta foi descoberta pelo arqueólogo inglês Sir Arthur Evans, em um dos achados mais surpreendentes da história. Em Cnossos (ou Cnossus), Evans encontrou vestígios de um palácio enorme, luxuoso e elegante, cujas passagens eram pavimentadas com ladrilhos. O palácio continha banheiras de cerâmica e serviço  de canalização de esgoto. Suas paredes eram decoradas com afrescos coloridíssimos, que retratavam homens e mulheres jovens, belos e nus, fazendo acrobacias com touros, em uma espécie de "rodeio" da antiguidade, numa clara referência a um culto de touros elaborado, um vestígio de suas origens na Ásia Menor. O palácio talvez tenha sido, ainda, a fonte de um dos mitos gregos mais importantes, a história do Minotauro, uma criatura metade homem, metade touro, que exigia que lhe fossem feitos sacrifícios humanos.

Apesar de a escrita Linear A, dos minoicos, ainda não ter sido decifrada, sabemos que devia ser mais usada para fazer a contabilidade e os registros comerciais - como foi, no princípio, a escrita cuneiforme da Mesopotâmia. Os minoicos foram um dos primeiros povos a realizar o comércio marítimo e suas embarcações iam até o Egito, para negociarem na terra dos faraós. É muito provável que os minoicos adorassem um deus do mar, que foi, mais tarde, chamado de Poseidon pelos gregos, e uma deusa da terra, que foi transformada pelos gregos na deusa Rea. [...]

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quinta-feira, 19 de março de 2015

Sereias

vvA Sereia é um ser mitológico, metade mulher e a outra peixe, ou pássaro de acordo com vários poetas e escritores antigos. Famosas por sua beleza, personalidade e, claro, seu canto doce e encantador utilizado para atrair marinheiros solitários em alto mar e leva-los a morte.

O pouco que se procura sobre sereias na história antiga já é conclusivo que, realmente, povos de outras culturas relatavam seres humano-peixes que viviam em diversas áreas diferentes do mar.

As excursões de Pedro Alvares Cabral são um exemplo mais válido, por ser de uma época mais recente, porém sem tecnologia o suficiente para falsificar dados, onde foram feitos alguns desenhos e relatos sobre o assunto.

Além de tudo isso o oceano é o lugar mais misterioso da terra. Há lugares completamente inexplorados, seja por falta de equipamentos para se chegar lá ou por falta de mapeamento.

Pessoas, ainda nos dias de hoje, juram ter visto ou ouvido sereias. Algumas ainda possuem gravações de áudio e vídeo - sendo muitas delas falsas, é claro  - para comprovar o encontro. Se sereias existem? Não sabemos... Mas vamos voltar ao que interessa...

O mito das Sereias surgiu na idade média - sim, as sereias já existiam na Grécia mas, como dito anteriormente, os Gregos as descreviam como metade pássaro e aqui estamos falando da metade peixe - a transformação pode estar relacionada ao desenvolvimento da navegação (devido, entre outras coisas, à invenção do leme) que permitiu aos navios viajar pelo alto mar, onde se supõe que as novas sereias vivam, fora da vista das rochas costeiras onde as antigas sirenas supostamente ficavam.

sirenAlém do canto as sereias também se "divertiam" com os marinheiros criando armadilhas com questões e enigmas. Engana-se quem acredita que as sereias não possuíam poderes. Um de seus dons era o de controlar o tempo, provocando fortes tempestades em alto mar para fazer com que os navios se chocassem contra as rochas.

Na idade média e Moderna, as sereias foram vistas como criaturas naturais, como uma espécie de animal, não como seres sobrenaturais. Suas pinturas e ilustrações eram, frequentemente, utilizadas em decorações sacras, devido a relação que faziam das sereias com o pecado, provocado pelo encanto e pela sedução.

Supunha-se que as sereias, embora tivessem inteligência humana, não tinham alma. Podiam, entretanto, conseguir uma alma se aceitassem ser batizadas ou, segundo algumas versões, se elas se casassem com um humano.

"As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio."
- Franz Kafka

Princesas & Alta Costura

[caption id="attachment_1033" align="aligncenter" width="450"]prin2 Aurora - A Bela Adormecida por Elie Saab[/caption]

Sem querer descobri essa seção de fotos - linda demais, por falar nisso - onde as princesas vestem roupas feitas especialmente para elas por grandes nomes do mundo da moda, tais como: Versace, Valentino, Roberto Cavali, entre outros.
Achei a ideia diferente e saber que os estilistas usaram seu precioso tempo e criatividade para criar essas peças, prova o quanto os Contos de Fadas ainda são muito importantes na concepção artística de qualquer área, nos dias de hoje.

As roupas - em sua maioria, vestidos - claro, são todos de alta costura, criados por estilistas renomados, dos quais só vemos no tapete vermelho. O mais legal foi que eles não economizaram nas princesas, até a Pocahontas ganhou um modelito! Outro fato marcante é que cada estilista criou para uma determinada princesa então se torna algo divertido entender como seria o vestido da Cinderella, por exemplo, se tivesse sido feito por Versace.

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Confira todos na galeria abaixo:

quarta-feira, 18 de março de 2015

The Little Mermaid, por Kata Kiss

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Pouco se encontra sobre Kata Kiss na internet, o que consegui descobrir é que ela é ilustradora, artesã e apaixonada pelo Japão, amor que se refletem em seus trabalho. Um dos mais belos e mais espalhados pelo mundo foi esta série criada para o conto 'A Pequena Sereia'.
O que mais me chamou a atenção na obra foi o tom sombrio e ao mesmo tempo doce das imagens. O que traduz, para mim, com perfeição o mistérios das Sereias.

Para conhecer mais sobre o trabalho dela: Behance | DeviantArt | Tumblr

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terça-feira, 17 de março de 2015

Contos Clássicos: Rapunzel

contos-fadas-abertura1-315x175-e1413506499962O conto que trago hoje é um dos meus preferidos, não apenas por se tratar de uma princesa indefesa, presa em uma torre que acaba sendo salva pelo príncipe, mas por ser o conto mais inusitado de todos os outros, ou não? Além de tudo ela tem com cabelo enoooorme e eu sempre quis um cabelo gigante quando criança rs Minha primeira Barbie princesa foi a Rapunzel, um dos meus filmes favoritos da Disney é Enrolados... Resumindo? Tirando Alice no País das Maravilhas, Rapunzel mora no meu coração :D

Acreditam que todos conheçam o clássico dos irmãos Grimm mas, caso queira ler o conto antes de assistir ao vídeo, contamos a história aqui!

Aproveitem! :)

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segunda-feira, 16 de março de 2015

Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho, editora Zahar

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Obras-primas de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho há mais de um século encantam crianças e adultos. Instigante, divertida, inusitada, profunda, a saga de Alice é inesgotavelmente interpretada, parodiada, filmada, citada... e, claro, lida.

Esta charmosa edição de bolso contendo os dois clássicos, inédita no mercado brasileiro, traz os textos na íntegra e mais de 40 ilustrações originais de John Tenniel, Imperdível!

Seguindo o padrão do post anterior, o livro de hoje é a edição bolso de luxo, da editora Zahar, 'Aventuras de Alice no País das Maravilhas' e 'Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá', de Lewis Carroll. A edição é muito charmosa. Traduzida por Maria Luiza X. de A. Borges, ganhou o prêmio jabuti nesta categoria.

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A publicação vem recheada de ilustrações feitas por John Tenniel (1820) que ganhou sua fama, justamente, graças à Alice no País das Maravilhas. A edição honra sua posição bolso de luxo, como dá pra ver na foto a cima ela é toda detalhada e bem trabalhada. As cores também são um charme a parte, o amarelo contrasta lindamente com o azul do vestido de Alice na capa dura do livro.

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'Alice no País das maravilhas' foi escrito por Lewis Carroll em 1865 e devido à seu grande sucesso Carroll criou a sequencia 'Alice Através do Espelho' em 1872. Nem todo mundo sabe mas, nos clássicos filmes de Alice, geralmente, há uma mistura das duas história, mas a forma como fora gravado deixa isso implícito, dessa forma, só se é possível conhecer as duas narrativas, com perfeição, através da leitura.

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A edição bolso de luxo da editora Zahar é uma ótima pedida, além de linda e muito bem feita, tem um preço bem acessível e já vem com as duas histórias em uma publicação só! :) O que acharam?

sexta-feira, 13 de março de 2015

Bem Vindos ao Palácio de Versailles, na França

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O Palácio de Versailles foi o berço de muitos Reis, Rainhas, príncipes e princesas da França. Cada monarca deixou um pouquinho de si por lá, seja em sua decoração ou arquitetura. Uma das minhas maiores vontades é conhecê-lo. Adoro seus ornamentos, papéis de parede, passagens secretas e o ar Rococó que exala, cheio de exuberância e extravagância mas sem perder a elegância.

Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versailles possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. É um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebe em média oito milhões de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária.
Construído pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664, foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado.

Abaixo separei algumas fotos inspiradoras do lugar para que nós, meros mortais, possamos ao menos imaginar como teria sido viver ali (claro que deixando de fora todas as conspirações políticas que deviam rolar, também). Mas para conhecê-lo na íntegra, assista ao vídeo um pouco mais abaixo e deslumbre-se não só com sua beleza e arquitetura mas também com sua história!

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Conheça o Vilarejo de Colmar, na França

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A cidade de Colmar, França é o charme em pessoa. Ela faz  parte da região da Alsacia e é um dos vilarejos mais importantes na famosa Rota do Vinho. A cidade de Colmar se localiza bem próxima da fronteira da Alemanha com a França.

Por muitos anos a cidade pertenceu ao império alemão, sendo possível observar a sua influência na arquitetura. É a terceira maior cidade da região da Alsacia, depois de Mulhouse e Strasburgo.

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Além de todo charme e fatos históricos do local, ela serviria, perfeitamente, como cenário para alguma produção da Disney, não acham?

Logo no começo do centrinho està a famosa Petite Venise, uma das partes mais bonitas onde algumas casas rodeiam um belo canal. Como se não bastasse as janelas e varandas são repletas de flores e folhagens verdinhas, como em um Conto de Fadas.

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Dizem que além do lugar ser encantador os habitantes da cidade também são. Hospitaleiros, sorridentes e muito bem educados. <3


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Gostaram? Eu adorei e to louca pra ter a chance de conhece-la além das fotos.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Filme Pele de Asno, de Jacques Demy

[caption id="attachment_927" align="aligncenter" width="520"]Pele-de-asno-3 Catherine Deneuve como Pele de Asno[/caption]

Pele de Asno foi o primeiro Conto de Fadas que eu realmente conheci através da leitura. Me lembro de ter lido aos 7/8 anos, e de ter se tornado meu livro favorito na época, não largava por nada.

A história não é muito conhecida, se comparada aos grandes clássicos, mas é fantasiosa e até mesmo, irreverente, da mesma forma.

O conto foi escrito por Charles Perrault, em 1697 e faz parte da coletânea de histórias da obra 'Mamãe Gansa'.

Recentemente encontrei escondido pela internet um filme francês, de 1970, dirigido por Jacques Demy que conta, de forma lúdica, a história da princesa/Pele de Asno, interpretada pela belíssima  Catherine Deneuve.

Para ler o Conto, clique aqui!

Para a nossa sorte o filme está disponível online, em versão dublada, a qual vocês terão o prazer de assistir logo abaixo :)

Prepare as pipocas e aperte o play! :)

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Gravações de Alice Através do Espelho, 2016

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Em 2014 contei pra vocês, aqui nessa postagem, sobre o lançamento do filme 'Alice no País das Maravilhas: Através do Espelho' com estreia marcada para 2016.

Hoje, volto com vááárias fotos do inicio das gravações do longa, mais uma vez, dirigido por Tim Burton.
Eu prometi que voltaria com novidades, não prometi?

Pra matar um pouquinho a curiosidade:

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quarta-feira, 11 de março de 2015

SPOILER: O

Conto Pele de Asno, de Charles Perrault

220px-Peaudane3Era uma vez um boníssimo rei, a quem o povo muito amava e os visinhos muito respeitavam, sendo por isso o rei mais feliz do mundo. Além do mais, ele teve a sorte de casar-se com uma princesa linda e igual virtuosa que lhe deu apenas uma filha, porém tão encantadora, que os pais viviam num verdadeiro êxtase.
No palácio real, havia abundância de tudo e muito bom gosto. Os ministros eram muito sagazes e habilidosos, os cortesão, muito dedicados, e os empregados, muito leais. Na grande estrebaria, havia os mais soberbos cavalos jamais vistos e com os melhores arreios, embora todos estranhassem que o mais importante animal fosse um asno com orelhas compridíssimas . Mas não fora por um mero capricho que o rei lhe dera tamanha distinção. O asno era merecedor de todas as regalias e honras, pois, na verdade, se tratava de um asno com poderes mágicos. Todo dia, ao nascer do sol, a sua baia estava coberta de moedas de ouro, que o rei mandava colher.
Mas como a vida não é para sempre um mar de rosas, certo dia a rainha caiu de cama, com uma doença desconhecida que nenhum médico era capaz de curar. No palácio, baixou uma intensa tristeza. O rei foi a todos os templos do castelo e fez promessas, em que se comprometia a dar sua própria vida em troca da cura da amada rainha. Mas tudo foi em vão.

domingo, 1 de março de 2015

6 versões de Alice no País das Maravilhas para assistir já!

Existem inúmeras versões cinematográficas para a história de 'Alice no País das Maravilhas' e 'Alice através do espelho', mas aposto que dessa mini lista de 6 filmes, vocês conhecem no máximo uns 2, estou errada? Acho que já rola até um cansaço de saber que eu adoro Alice, né? haha Faço questão de comentar em todo post sobre o tema, e não é pra menos, além de a história em si ser fantástica e até mesmo perturbadora, o primeiro filme de que se tem notícia foi gravado em 1903 (que você terá o prazer de assistir no final do post pois sou boazinha e deixei ele ali de bônus), mas antes, vamos à lista oficial!

01. Alice No País das Maravilhas (1951) - Studios Disney


Alicedisney

Antes de mais nada, vocês sabiam que essa produção da Disney era tão antiga assim? Aposto que a maioria pensava que fosse mais recente, mas não, Alice foi apenas o 13º longa metragem produzido pelos Studios Disney. O filme, é claro, é uma adaptação do romance 'Alice no País das Maravilhas' escrito por Lewis Carroll em 1865 e 'Alice Através do Espelho' de 1871.

Por incrível que pareça hoje o Clássico, como é conhecido, não fez tanto sucesso assim naquela época devido a grande "liberdade" que a Disney teve para adaptar a obra, modificando demais algumas cenas do livro.

Mas aposto que esse todo mundo já viu, né? Deve ter passado pela infância de cada um seja querendo ou não. Nostalgia pura!

Assista ao filme aqui!



02. Alice no País das Maravilhas - Parte 1 (1985)


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Alice no País das Maravilhas (1985), estrelado pela atriz Natalie Gregory, que na época tinha apenas 10 anos, é um dos mais fiéis a obra de Lewis Carroll. Além de possuir poucos efeitos especiais o filme parece-se com um espetáculo, tendo muita música, poesia, grandes interpretações e até sapateado. Natalie está ótima no papel de Alice, além de ser muito lindinha e meiga. Cacei esse filme por muito tempo <3

O longa é dividido em 2 partes sendo a parte 1 'Alice no País das Maravilhas' e a parte 2, sequencial, 'Alice Através do Espelho' que vocês verão abaixo.

Para os fãs de Beatles, uma surpresa: Ringo Star está no filme, interpretando a Tartaruga na cena em que Alice encontra o Grifo e a Tartaruga. Impagável!

E esse? Já conheciam?

Assista ao filme aqui!



03. Alice Através do Espelho - Parte 2 (1985)


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Alice Através do espelho de 1985 é a segunda parte do filme que acabei de mencionar a cima. Aqui ele conta a história menos conhecida de Alice, porém não menos importante, pois seria, de certa forma, uma continuação do primeiro.

Em Alice Através do Espelho a protagonista se vê presa em um mundo oposto ao real, ou seja, literalmente através do espelho da sala de sua casa e, mais uma vez, precisa arranjar uma forma de voltar ao lado certo. Lá ela encontra diversos outros personagens marcantes que a ajudam - ou não - nesta busca.

Assista ao filme aqui!



04. Alice no País das Maravilhas (1999)


ALICE_NO_PA_S_DAS_MARAVILHAS_1999_Um dos primeiros filmes, de Alice, que eu vi sem ser o clássico de animação da Disney (número 01 da nossa lista). Aqui a Alice aparece vestida de amarelo e ops, vejam só, seus cabelos são castanhos. Só um adendo, gostei de como as produções não se deixaram influenciar pelo vestidinho azul da produção da Disney, apesar de a modelagem ser sempre a mesma, as cores, pelo menos, variam.

O longa foi criado especialmente para a televisão e foi transmitido nos EUA pelo canal NBC. É um filme excelente, também muito fiel ao romence de Carroll e segue a mesma linha do anterior, sem muitos efeitos mas com atuações de peso, como: Ben Kingsley, Whoopi Goldberg, Gene Wilder e Miranda Richardson, o longa ganhou 4 prêmios Emmy.

Este eu, infelizmente, não encontrei online mas tenho ele em casa e posso tentar gravar para vocês, se quiserem! Caso alguém encontre, já disponível, deixe o link nos comentários, por favor!

05. A Menina No País das Maravilhas (2008)


A Menina No País Das MaravilhasFugindo um pouco das releituras, A Menina no País das Maravilhas, que conta com a atuação impecável de Elle Fanning, fala sobre uma garotinha que começa a desenvolver TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e precisa lidar com as dificuldades da doença, os familiares e amigos que não entendem porque ela é diferente. A menina vai se livrando das amarras graças a sua imaginação. Após conseguir o papel principal na peça da escola e ser escalada para interpretar Alice em Alice no País das Maravilhas ela trás toda a magia do lugar para a sua vida e começa a entender o que está acontecendo com ela graças a sua imaginação e aos personagens que surgem nos momentos mais inusitados ou necessitados da garota.

A história é linda, algumas cenas são de arrepiar e o contexto por trás de todo o filme é lindo de doer. Vale a pena demais assistir!

Assista ao filme aqui!



06. Alice no País das Maravilhas (2010)


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O mais recente e épico filme de Alice não poderia ficar de fora, né? A adaptação mais adaptada de todas, se pudermos dizer assim haha. O filme não conta nem um nem outro, mas o pós, é simplesmente uma versão da Alice mais velha já com 19 anos, que acaba voltando ao País das Maravilhas no meio de sua festa de - quase - noivado pois o lugar havia sido tomado pela Rainha Vermelha, estava devastado e apenas Alice poderia acabar com a maldição e colocar tudo em ordem novamente. O filme é bem divertido, possui efeitos e cenários incríveis, além de atores fora do comum como Johnny Depp sendo, maravilhosamente bem, o Chapeleiro Maluco. Claro que não dá pra deixar de mencionar o diretor, Tim Burton que sempre arrasa com suas produções fantasticamente sombrias.

Assista ao filme aqui!



BÔNUS


Agora, como prometido... O primeiro filme de Alice no País das Maravilhas, de 1903, mudo e já com "efeitos especiais"! Vejam <3

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Contos Clássicos: O Flautista de Hamelin

contos-fadas-abertura1-315x175-e1413506499962Eu não sei você mas, pra mim, domingo é dia de preguicinha no sofá com um pote enorme de pipoca quentinha do lado e se tiver uma chuvinha lá fora, então... perfeito! Hoje o dia está assim por aqui, e por aí?

Deu uma vontadezinha gostosa de assistir a mais um Conto de Fadas e o que escolhi pra gente hoje foi 'O Flautista de Hamelin' dos Irmãos Grimm. Já coloquei o conto escrito aqui pra vocês, também!

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